Descrição
O Vinho de Carcavelos, é um vinho fortificado com tradição secular em Cascais e Oeiras. A sua produção foi intensamente impulsionada pelo Marquês de Pombal, Conde de Oeiras, que o cultivava na sua própria quinta. As primeiras referências a este vinho surgem em 1370, mas o seu apogeu só se verificou no século XVIII.
Estas vinhas são cultivadas actualmente no concelho de Cascais e Oeiras. É produzido em torno da freguesia de Carcavelos, o que constitui a mais pequena região vinícola de Portugal continental. A designação Carcavelos DOC é utilizada em vinhos licorosos tintos e brancos. A certificação dos DOC Carcavelos é feita pela Comissão Vitivinícola Regional de Bucelas, Carcavelos e Colares.
Em Oeiras, o Carcavelos produz-se na Estação Agronómica Nacional, em Cascais, no Vale de Caparide mais precisamente na Quinta dos Pesos e Quinta de Caparide – O vinho de Carcavelos da Quinta dos Pesos, foi recentemente reconhecido com a medalha de ouro, atribuída no âmbito do Festival de Vinhos Europeus e de Enoturismo.
Notas de Prova
O vinho de Carcavelos caracteriza-se por sabores e aromas amendoados adquirindo um perfume acentuado pelo envelhecimento. O seu aroma é discreto e muito elegante. Sente-se a frescura na elevada acidez, é delicado com ligeiro sabor a frutos secos, meloso e salgado, deixa a boca seca mas tem um final longo e macio.
Principais castas tintas Castelão, Trincadeira e Preto Martinho
Principais castas brancas: Galego Dourado, Ratinho e Arinto,
Envelhecido em barris de madeira de carvalho francês e portuguesa no minimo 7 anos para qualquer generoso de Carcavelos.
Um generoso que como um vinho Moscatel do Douro ou de Setubal, Madeira, do Pico, ou do Porto (todos produzidos em regiões demarcadas).
Pode servir também de aperitivo (com um queijo picante ou de meia cura e seco) ou como digestivo (com bolos, doces de ovos, de claras, frutos secos ou com frutas mais doces como a manga e o abacaxi).
A Geografia, o clima, o solo e brisa marítima são os factores marcantes de um bom vinho de Carcavelos. Uma região que produz um Vinho Licoroso de Qualidade e tradição com direito a menção específica de "vinho generoso" particularmente porque usufrui de um clima mediterrânico temperado sem grandes oscilações de temperatura devido à proximidade do mar, instalada em terrenos calcários de declives voltados para sul, com temperaturas amenas e ventos de norte a subtraírem a humidade marítima.
Carcavelos, Villa Oeiras – minimo de 7 anos
☆ 91/100 – Wine Enthusiast 2020
☆ Medalha de Ouro Concurso Vinduero/Vindouro 2020
☆ 16,5p./20 Revista de Vinhos 2020
Carcavelos Villa Oeiras Superior — minimo de15 anos
☆ 94/100 Editors Choice 2020 of Wine Enthusiast Magazine
☆ 17,5/20 Highly Recommended 2020 Revista de Vinhos
☆ 17,5/20 Muito Bom 2020 Revista Paixão pelo Vinho
☆ Medalha de Ouro 2020 Concurso Internacional Vinduero/Vindouro
Carcavelos, Quinta dos Pesos - minimo de 7 anos.
☆Gold medal, awarded under the European Wine Festival and Wine Tourism.
História
O vinho de Carcavelos chegou a integrar uma oferta de D. José I à corte de Pequim, em 1752, por ordem do Conde de Oeiras ou Marquês de Pombal,.tal era a importância deste vinho Generoso, na época. A produção total da região chegou a atingir 3.000 pipas no princípio do século XIX.. No entanto a designação de Generoso só veio posteriormente com o rei D. Carlos, em 1908. A "Quinta dos Pesos" resolveu assegurar a continuidade desta preciosidade e replantar uma vinha com as castas tradicionais que cultiva com inteira dedicação e o envelhece em cascos de carvalho para o estágio conveniente de vários anos.
Graças à sua qualidade e particularidades, este vinho iniciou o seu percurso além fronteiras.
Mereceu ainda, elogios de ilustres portugueses e outros de todo o mundo, como o Duque de Wellington, aquando da sua estadia em Portugal comandando forças militares luso-britânicas, em defesa do exército napoleónico, em princípios do século XIX. As tropas inglesas levaram consigo o nome e a fama do Vinho de Carcavelos, tornando-o conhecido num dos maiores mercados internacionais.
No entanto, as constantes pragas vinhateiras, a falta de apoios estatais à recuperação da vinha, o desalento dos produtores, e a urbanização massiva da região de Carcavelos, ditaram a extinção quase total da produção do Vinho de Carcavelos.
Em 1997 a Câmara Municipal de Oeiras decide pela preservação da vinha existente, cerca de 5,5 hectares, plantados em 1984 e consequente recuperação da produção do vinho de Carcavelos.
Em 2001, a Câmara Municipal de Oeiras instala na Estação Agronómica Nacional, uma adega com todo o equipamento vitivinícola necessário a um aumento da produção do vinho de Carcavelos.
No tempo do Marquês de Pombal os vinhos da sua Quinta de Oeiras que em parte está situada na actual região demarcada, eram comprados pela Companhia do Alto Douro. A Quinta do Marquês de Pombal inclui uma Adega Antiga onde está em curso um projecto de reconversão.