Descrição
Um dos melhores exemplos de vinificação da casta Gouveio está neste Espumante Vértice Gouveio das Caves Transmontanas.
Este espumante monocasta integra uma das listas de Champanhes mais prestigiada do mundo a Christie’s World Encyclopedia of Champagne & Sparkling Wine pela mão do premiado e reconhecido autor da matéria, Tom Stevenson.
A marca Vértice, da região do Douro, consta na lista de melhores marcas de vinhos portugueses, onde o crítico e especialista Mark Squires elogiou os métodos de produção do próprio produtor e destaca o facto deste espumante ser envelhecido em garrafa durante 60 meses e trata-se de um vinho produzido segundo o método clássico nomeadamente este último de 2007 que é um dos melhores de sempre.
Recentemente foram lançados dois monocastas em edição limitada, o Vértice Chardonnay 2009 e Vértice Pinot Noir 2006, com o objectivo de demonstrar a expressão destas castas estrangeiras típicas de Champanhe, no Douro.
Notas de Prova
Envolvente e bem proporcionado, fruto discreto bonito, boa madureza, leve vegetal seco, fumado, bom volume na boca, cheio de vida e acidez firme com leve amargo de caroço, final apimentado, tostado e gastronómico.
Perfeito para beber como aperitivo, ou acompanhar aperitivos, ostras, saladas, marisco, pratos frios, peixe, queijo e enchidos ou produtos fumados.
Os vinhos produzidos com Gouveio apresentam um excelente equilíbrio entre acidez e açúcar, caracterizando-se pela sua elevada graduação, boa estrutura e aromas intensos. Além disso, são vinhos que possuem excelentes condições para envelhecimento em garrafa.
Quanto à vinificação é elaborado a partir da casta Gouveio (100%) as uvas são oriundas das zonas mais frescas do Douro, a 550 metros de altitude. A vinificação é feita com 50% em inox , a uma temperatura entre os 13° e os 16°C com o intuito de preservar os aromas primários. Os outros 50% foram em barricas de carvalho francês de segundo ano durante 60 dias. A responsabilidade técnica é do enólogo Celso Pereira.
Deve ser armazenado em área escura e fria numa temperatura constante. Pronto a beber agora mas poderá esperar 5 a 7 anos. Deve ser servido a 6ºC.
Prémios
.92 points por Robert Parker scale
.Bronze International Wine Challenge 2013;
.Recomendado Decanter World Wine Awards 2011;
.Recomendado International Wine Challenge 2011;
.Recomendado Decanter World Wine Awards 2011;
.Recomendado International Wine Challenge 2011;
.Prata International Wine Challenge 2010.
.88 pontos na revista Wine Enthusiast;
.16,5 pontos por Jancis Robinson;
.16,5 pontos na revista Wine Magazine Portugal;
História
Gouveio foi uma casta com grande produção e expressão a nível nacional mas o seu cultivo foi progressivamente diminuindo ao longo dos anos. Correntemente é usado em lote em alguns vinhos do Porto e vinhos de mesa, principalmente em conjunto com a casta Malvasia Fina uma excelente combinação.
Felizmente a sua produção está a ganhar novo folego tanto, no Douro na sub-região Cima Corgo (onde é denominado também de Gouveio Real, Estimado ou Preto) como, em Trás-os-Montes uma das regiões com maior quota de produção desta casta histórica, nomeadamente em vinhos espumantes.
Gouveio é uma variedade que veio possivelmente do tempo dos romanos até aos nossos dias. Cultivada há mais de 2 mil anos, esta variedade de uva já que era mencionada por Plinio, o Velho (naturalista romano 23-79 AD) descrevendo-a como Godello uma variedade de uva que cobria a área de Galiza (Espanha) ao Norte de Portugal. O Conde Alexandre Pierre Odart (figura influente que contribuiu muito para o desenvolvimento da moderna viticultura), em 1874 declarou que esta variedade dava origem a vinhos muito bons de grande harmonia “une plant de grand raport”.
A denominação Gouveio foi usada no início como sinónimo da casta Verdelho, em zona determinada do Douro, no entanto mais tarde esta casta perdeu a sua denominação principal de «Verdelho», devido à necessidade de evitar homonímia com o Verdelho da Madeira .
É no início dos anos 80 que se inicia a história das Caves Transmontanas.
Um produtor na Região Demarcada do Douro (R.D.D), João Rui Carvalho Maia, sediado na Região de Vila Flor, casado com uma senhora Americana, desloca-se a Napa Valley - Califórnia, com o intuito de se inteirar nas novas metodologias provenientes do Novo Mundo. Ai arranja colocação durante a vindima na Schramsberg Vineyards. Finda a mesma, ao ser remunerado, o mesmo informou que era produtor recusando o salário, pois tinha colaborado com a intenção de aprender, convidando Jack Davies a deslocar-se a Portugal para o mesmo se inteirar do potencial do país e da RDD.
Uma vez em Portugal Jack Davies depressa percebeu de que o país tinha potencialidades para a produção de vinho de base para espumante e no ano seguinte regressa a Portugal acompanhado do seu corpo técnico para levar a cabo micro vinificações e analisar qual das regiões reuniria melhores condições para a produção de vinho base para espumante. Elegida a região Cima Corgo no alto Douro as castas seleccionadas e plantadas na variedade branca: Malvasia Fina, Viosinho, Gouveio, Rabigato e Códega e em castas Tintas: Touriga Franca, para dar corpo aos espumantes da casa.
Desta aliança da Schramsberg Vineyards & Cellars, da Califórnia, com as Caves Riba Tua e Pinhão, no Alto Douro, resultaram as Caves Transmontanas em 1988.